O que é?

Definição:
Nossa definição: desertificação é o processo a partir do qual determinada área fértil transforma-se em deserto, podendo ocorrer naturalmente ou de forma artificial, pela ação predatória do homem.

Agenda 21: “a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas” ( cap. XII).
Atualmente a desertificação atinge 60 mil quilômetros quadrados em todo o mundo, equivalendo a um prejuízo de U$ 10 milhões.

Causas principais da desertificação:
– desmatamento indiscriminado;
– utilização de tecnologias agropecuárias inadequadas;
– exploração descontrolada de áreas cujo equilíbrio ambiental é frágil;
– queimadas;
– mineração;
– uso excessivo de agrotóxicos;
– poluição;
– manejo inadequado do solo;
– secas.

Conseqüências ambientais da desertificação:
– redução das áreas cultiváveis;
– diminuição da produtividade das áreas afetadas;
– redução dos recursos hídricos;
– aumento da poluição hídrica e atmosférica;
– aumento das cheias;
– aumento da areia nas áreas produtivas;
– destruição da flora e da fauna.

Conseqüências sociais e econômicos:
A desertificação não causa apenas os impactos ambientais já mencionados, mas também os sociais e econômicos, como:
– a migração descontrolada para as áreas urbanas, causando os “inchaços” das grandes metrópoles;
– desagregação das unidades familiares com o êxodo;
– crescimento da pobreza ante a degradação e perda do solo;
– crescimento das conseqüências patológicas devido à escassez de água;
– perda do potencial agrícola da área atingida;
–  perda da qualidade de vida tanto da região atingida, quanto da periférica;
–  perdas econômicas que segundo dados do Ministério do Meio Ambiente podem chegar a US$800 milhões, só no Brasil.

Desertificação no Brasil:
A desertificação encontra-se em maior escala nas regiões do Nordeste (principalmente Gilbués- PI, Irauçuba- CE, Seridó- RN e Cabrobó- PE) e do norte de Minas e  do Rio Grande do Sul (deserto dos pampas).
Para que esse problema seja contornado, o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal vem implementando o Plano Nacional de Combate à Desertificação, tendo como principais diretrizes da política de controle da desertificação:
– fortalecimento da comunicação e do fluxo de informações sobre a desertificação;
– capacitação de recursos humanos em gestão de recursos naturais em áreas sujeitas à desertificação;
– sensibilização e conscientização da população das áreas afetadas;
– elaboração de programas de monitoramento, prevenção e recuperação da desertificação;
– criação de capacidade operacional de controle da desertificação a nível local;
– busca da participação da sociedade civil na elaboração e implementação do Plano Nacional de Combate à Desertificação.
Esse plano inclui ainda o “Projeto de Dessalinização e Prevenção da Salinização de Solos”, que tem como principais diretrizes políticas:
– enfatizar a necessidade de se considerar a importância da drenagem nos projetos de irrigação, seguramente uma das maiores causas da degradação;
– compatibilizar o Programa com as políticas nacionais e regionais buscando a implementação de ações compartilhadas;
– estimular o desenvolvimento e a utilização de tecnologias de prevenção da salinização e da reabilitação de solos salinizados;
– estabelecer diretrizes visando prevenir os processos de salinização, a serem consideradas por ocasião da elaboração dos projetos de irrigação;
– apoiar e promover o treinamento em serviço de técnicos, visando a formação de equipes regionais capazes de atender o potencial de demanda nessa área.

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