O que deixaremos para o futuro?

ANTÔNIO SILVEIRA RIBEIRO DOS SANTOS
Magistrado aposentado e criador do Programa Ambiental: A Última Arca de Noé (www.aultimaarcadenoe.com)


Na luta diária de nós humanos pela sobrevivência, não temos tido tempo de parar e pensar no futuro de nossa Terra, mesmo sabendo que plantamos gerações e somos responsáveis por suas vidas. De fato, nossas preocupações com o agora, deixa-nos esquecidos de que temos que pensar no futuro ambiental. Este nosso imediatismo de vida tem nos impedido de ver qual o grau de degradação que nossas ações estão causando, ao mesmo tempo que distancia nossa noção de responsabilidade futura.

Daí a importância de estudos e relatórios sobre as questões ambientais, pois com eles podemos saber o grau de nossas danosas ações e assim planejar como melhorar nossa condição de vida e também tentar prever o futuro ambiental de nosso planeta. O que deixaremos para o futuro? Eis a questão que devemos colocar em pauta e refletirmos muito.

Praticamente todos os dias a mídia em geral trás notícias alarmantes que envolvem questões ambientais, como fome, poluição, desastres ecológicos, doenças ambientais, destruição de florestas etc. Fatos estes que são constatados em estudos e relatórios de entidades ambientalistas, como o recentemente relatório da ONU chamado Avaliação Ecossistêmica do Milênio, onde se constatou que o ser humano está degradando os ambientes naturais de forma drástica e em excesso, impossibilitando a sua regeneração, causando inúmeras conseqüências ambientais. Agora, está em pauta os alarmantes relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, os quais tem mostrado quão desastrosas serão as conseqüências da poluição do ar, alterando o clima mundial de forma a aumentar a temperatura a níveis insuportáveis para milhões de seres, em vista do crescente fenômeno do efeito estufa.

Este quadro catastrófico exige mudanças drásticas em nossa forma de vida, como menos consumo, transportes menos poluentes, criação de incentivos financeiros e alternativas econômicas para setores de atividades extrativistas, diminuição da utilização de combustíveis fósseis, modernização das indústrias e construções etc. Se não tivermos amplo conhecimento do nível gravíssimo dos problemas ambientais atuais, e não tomarmos medidas concretas, estaremos caminhando para uma situação que poderá se tornar irreversível e, assim,  deixaremos para as futuras gerações um mundo caótico e impossível de se viver. Pensem nisso.

 

Obs.: Artigo já publicado em: Tribuna de Santos, 15.05.07.

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