Introdução

As espécies da ordem dos quirópteros, conhecidos genérica e popularmente como morcegos, são muito difíceis de se observar em seu habitat natural, pois são crepusculares e noturnos, voam muito rápido e muitos deles são bem pequenos e quase todos aparentando escuros em seu habitat com pouquíssima luz.
Daí, o pouco interesse que despertam aos observadores da natureza.
Apesar disso, dedicamos esta página a esses esplêndidos mamíferos voadores para que os leigos e observadores dos elementos da natureza possam ter certa noção sobre esses animais.
Os morcegos são mamíferos voadores que habitam a maioria das áreas tropicais e temperadas do mundo, não sendo encontrado apenas em algumas ilhas oceânicas e em lugares frios.
Os fatores mais importantes que determinam a abundância de espécies de morcego são a distribuição de alimentos e de abrigos. Os morcegos, normalmente, utilizam como local de repouso os abrigos naturais como grutas e cavernas, onde dormem de dia em comunidades as vezes de milhares de indivíduos.
Em estudos desenvolvidos por Eleonora Trajano (1984), entre 1978 e 1980, nas cavernas do Vale do Betaria, no sul do estado de São Paulo, foram identificadas 23 espécies, mostrando alto índice de diversidade desses mamíferos para esta região neotropical.
A ordem Chiroptera é dividida em 18 famílias, 186 gêneros, contando com 986 espécies (segundo Ronald. M. Nowak. Mammals of the World. 5th Edition, vol. 1. pg. 190). Todavia, acredita-se que existam mais algumas espécies descritas após a citada edição.
No Brasil existem descritas cerca de 140 espécies.
Em uma divisão geral quanto à alimentação, pode-se dizer que os morcegos se dividem em:
Insetívoros (insectivorals bat): aqueles que se alimentam principalmente de insetos, que colhem enquanto voam;
Frutívoros (fruit-eating bats): alimentam-se quase exclusivamente de frutas e alguns vegetais. Também se alimentam de algumas larvas e insetos. Voam normalmente em grupos;
Nectarinos (flower-feeding bats): alimenmtam-se principalmente do pólen e do nectar de flores e as vezes de insetos encontrados nelas. Possuem língua longa e são pequenos;
Vampiros verdadeiros (true vampire bat): alimentam-se de sangue de animais, enquanto estes dormem. Existem três espécies e podem ser causadores da raiva;
Carnívoros (carnivoral bats): alimentam-se de pequenos animais como sapos, rãs, pássaros e lagartos;
Piscívoros (fishing- eaten bats): alimentam-se de peixes, que pegam na superfície da água, com suas fortes garras.
Ao contrário do que parece, os morcegos são muito úteis, pois são grandes dispersores de sementes, polinizadores e responsáveis também pela regeneração das florestas. Além disso, consome muitos insetos, ajudando no controle de pragas.

Bibliografia consultada
EMMONS, Louise H. Neotropical rainforest mammals- A field guide. Chicago: University of Chicago Press, 1990.
KOOPMAN, Karl F. Biogeography of the bats of South America in Mammalian Biology in South America. Special publication series- vol. 6. Pymaturiing Laboratory of Ecology. Pittsburg: University of Pittsburg, 1982. pgs. 273-302.
NOWAK, Ronald M. Walker’s Mammals of the World. The Johns Hopkins University Press, vol.II, 5ª ed., 1991.
SANTOS, Eurico. Entre o gambá e o macaco. Coleção Zoológica Brasílica. Ed. Itatiaia Ltda. BH, 1984
TRAJANO, Eleonora. Ecologia de populações de morcegos cavernícolas em uma região cárstica do sudeste do Brasil. Revta. bras. Zool. S. Paulo 2 (5): 255-320.

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