FLORESTAS: IMPORTÂNCIA E USO

Tem-se discutido muito sobre a necessidade de preservação das florestas, inclusive criando-se mapas com áreas de importância para a biodiversidade destinadas a implantação de florestas e  parques nacionais.
Não é para menos tal preocupação ante a devastação de nossas florestas, pois segundo a FAO cerca de 200 milhões de hectares de florestas foram destruídas entre 1980 e 1995 (Bol. nº46, 7/97, ONU em Foco). Ademais, na Região Neotropical que compreende o continente americano estão 57% das florestas tropicais e equatorias do planeta, calculando-se que 37% dos répteis, 47% do anfíbios, 27% dos mamíferos, 43% dos pássaros e 34% de todas as plantas ocorrem nesta região (Projeto Parques e Reservas, do Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal para o PP-G7. vol.1).
A Floresta Amazônica, considerada a maior de todas as florestas tropicais, apesar de sua enorme extensão (5 milhões de Km2) está correndo seríssimo risco de virar um deserto pois encontra-se na mira das maiores e “eficientes” madeireiras do mundo, além da expansão das fronteiras agrícolas. Por sua vez a Floresta Atlântica que abriga 73 espécies de mamíferos, 160 de pássaros e 128 de anfíbios e cerca de 20.000 espécies de plantas (obr.cit.), vem sendo devastada, restando apenas 8% de sua cobertura florestal, o que a torna  uma das mais degradadas do planeta. Além disso, em seu mapa da biodiversidade mundial, a Conservation Internacional(IC) aponta o Brasil como o país de maior biodiversidade do planeta.
Mas, a final qual é a importância ambiental das florestas? Quais são suas utilidades e formas de uso? É ainda o que se pode questionar sobre a temática e o tentaremos discorrer.
Em termos biológicos e ambientais é sabido que as florestas propiciam principalmente a manutenção das condições de vida para milhões de formas de vida vegetal e animal; mantém a umidade necessária para a existência de um clima propício à vida e mantém a qualidade dos recursos hídricos. O que as tornam importantíssimas no sistema global ambiental e consequentemente beneficiam o ambiente humano.
Porém, até pouco tempo as florestas eram consideradas “empecilhos ao desenvolvimento”, tanto que eram derrubadas sem nenhum critério e não havia ambiente propício para vozes contrarias. Agora, ante estas recentes constatações de suas funções biológicas e ambientais,  acrescidas da necessidade da enorme demanda alimentar, tornou-se imprescindível a sua exploração econômica, o que vem propiciando uma crescente resistência à sua derrubada. A floresta em pé passou a representar mais riqueza do que derrubada para implantação de outra atividade qualquer.  Assim, pela sua importância e diversidade de riqueza, acrescidas ao desenvolvimento tecnológico que permitiu o descobrimento de novas fontes naturais, as florestas podem e devem ser aproveitadas. Aliás, este é o entendimento predominante nos meios científico-ambientais.
Ademais, a exploração dos recursos florestais têm-se mostrados surpreendentes a cada momento e poderá ser incrementada. Da exploração de sua enorme diversidade vegetal tem sido possível desenvolver projetos locais de desenvolvimento, fixando e dando oportunidades às suas comunidades carentes. De sua biodiversidade tem saído descobertas farmacológicas imprescindíveis à humanidade. De sua população nativa temos obtido informações diretamente relacionadas à estas novas descobertas. Dos seus recursos pesqueiros depende a sobrevivência de milhões de pessoas. Podemos observar ainda que da utilização racional e sustentada da beleza cênica de muitos de seus recantos estará o futuro do ecoturismo mundial, empregando  milhões de pessoas com geração de uma rica economia. O que mostra o uso múltiplo que podem e devem ter.
Porém, se não preservarmos também intocáveis grandes extensões de nossas florestas, como unidades de conservação, tornar-se-á impossível mantermos esse nosso riquíssimo patrimônio para as gerações vindouras e o futuro das florestas estará totalmente comprometido.
Não podemos esquecer, também, que as Florestas Amazônica e a Atlântica são consideradas patrimônios nacionais (art.225,§4º, Constituição Federal), o que dá suporte jurídico para estuda-las e protegê-las, lembrando também que apesar da exuberância não passam de frágeis ecossistemas, cujo futura está em nossas mãos.

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