DOENÇAS AMBIENTAIS
ANTÔNIO SILVEIRA RIBEIRO DOS SANTOS
Juiz de direito em São Paulo. Criador do Programa Ambiental: A Última Arca de Noé (www.aultimaarcadenoe.com)
Muitas doenças podem ser consideradas como doenças ambientais porque estão relacionadas diretamente com a degradação humana e do ambiente global.
São elas:
– Toxicoplasmose: doença parasitária transmitida pelo protozoário Toxoplasma gondii , contaminando áreas onde há gatos, que é seu principal hospedeiro. Os protozoários se desenvolvem no intestino dos gatos, e são eliminados por suas fezes, que poderão infetar as pessoas e outros animais. Como forma de contágio, tem-se o direto, que é através da inalação dos protozoários, por transfusões de sangue ou transplantes de pacientes contaminados, e o indireto, que ocorre através da ingestão de carne contaminada com o protozoário. Após o contágio, os protozoários se multiplicam no organismo humano, causando infecção generalizada.
– Leishmaniose: doença crônica. Afeta cães, raposa e o homem. O mosquito Lutzomya longipalpis pica um animal que carrega o protozoário Leishmania chagasi , e enseguida pica uma pessoa sã, que fica com a doença incubada entre 10 dias e 24 meses. A doença pode matar se não for tratada. Causa febre contínua, hemorragia, anemia, perda de peso, aumento exagerado do baço e do fígado.
– Chagas : o barbeiro pica a pessoa, depositando suas fezes contaminadas na pele da vítima, transmitindo assim o Tripanossoma, que também poderá ser transmitido por transfusões de sangue contaminado e da mãe para o bebê durante a gravidez. Possui dois estágios, o agudo, logo após a transmissão, e que causa febre alta, mal-estar, cansaço e inchaço dos glânglios, e o crônico, que poderá manifestar-se depois de uma longa evolução, podendo causar lesões ao coração, esôfago, estômago e intestino.
Obs.: Artigo já publicado em: A Tribuna (Santos-SP) – 27.3.00 etc.