Combate à poluição do ar: questão planetária

Nas sociedades modernas as indústrias são necessárias para atender as necessidades cada vez maiores da população, a qual por sua vez vem aumentando a nível assustador ante os avanços tecnológicos que possibilitaram curas de doenças com o prolongamento da vida humana e consequentemente descontrole do binômio nascimento-morte.
Para atender essa demanda crescente as indústrias transformaram em grande escala matéria-prima retirada dos recursos naturais em produtos, e essa transformação traz naturalmente um custo ecológico devido ao impacto ambiental produzido.
A atividade industrial alcançou uma grande expansão nas últimas décadas, principalmente, chamando atenção para os danos em grande escala que vem impondo ao ambiente. A industrialização e seus produtos são responsáveis pela expedição de gases como o dióxido de carbono, dióxido de enxofre e monóxido de carbono, entre muitos outros. Estes gases contribuem para o chamado “efeito estufa”, pelo qual a radiação solar fica presa próximo ao solo esquentando a Terra e alterando seu clima.
Além desses gases, o clorofernocarbono é responsável pelos danos à camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioletas, contribuindo assim também para o seu aquecimento. Aliás, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida dobrou de tamanho de julho a setembro de 1995, passando a medir dez milhões de quilômetros quadrados, o equivalente ao tamanho do continente europeu, conforme consta do Boletim Informativo n.º 26 do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Estimam os cientistas que devido a poluição atmosférica e principalmente pelo efeito estufa, as temperaturas média globais terão um aumento entre 1,5 e 4,5º C, se as emissões de poluentes, principalmente industriais, da agricultura e dos veículos automotores, não forem suspensos ou diminuídos sensivelmente (Nosso Futuro Comum. Comissão Mundial para o Meio Ambiente, Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2ª edição, pg. 195). Esse aumento de temperatura atingirá os polos e elevará o nível do mar entre 25 a 140 cm, o que inundará a maioria das cidades costeiras com gravíssimas conseqüências sócio-econômicas (ob. cit.).
Portanto, podemos imaginar a dimensão dos danos causados pela poluição desses setores e atividades humanas, o que nos dá a preocupação de se tentar estudar a fundo medidas que possam pelo menos minimizá-la.
Tendo em vista que os países desenvolvidos são altamente industrializados e os em desenvolvimento estão se industrializando, podemos perceber que a questão da poluição climática é uma questão planetária que deve assim ser tratada por todos os países do mundo. Mas de início deparamos com uma grande dificuldade que é de se compatibilizar os interesses dos países em desenvolvimento e as nações industrializadas, bem como a difícil divisão de responsabilidades sobre o tema em questão.
Os países industrializados respondem por cerca de 75% do total das emissões de gases poluentes; o percentual restante é atribuído aos países em desenvolvimento. Por essa proporção vê-se que cabe aos países industrializados uma maior redução e/ou reestruturação de seus parques industriais, em relação aos países em desenvolvimento. Estes últimos, por sua vez, devem “crescer industrialmente” de forma a poluir menos, não seguindo o exemplo atual das nações industrializadas. Ante o caminho irreversível para a industrialização os países em desenvolvimento não podem estancar sua evolução econômica, mas devem executá-la de forma a causar o menor dano possível ao ambiente.
Observando o percentual referido, todos os países devem partilhar a responsabilidade pelos atos poluentes da atmosfera. Em conjunto devem encontrar medidas concretas de proteção climática para evitar o caos ambiental que se aproxima, com critérios justos de divisões de responsabilidades, o que podemos chamar de partição responsável.
Assim, podemos concluir que o combate ao efeito estufa e os problemas de poluição atmosférica passou a ser uma questão planetária, e como tal deve ser tratada.

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