Serpentes

Bothrops sp Bothrops jararaca  1-MogidasCruzesSP-BR-7-2-15-ASilveira

Introdução

Como de costume em nossas páginas, esclarecemos que este estudo dos ofídios brasileiros não tem pretensão científica, mas apenas dar noção ao observador da natureza ou ao ambientalista sobre estes animais.

As cobras pertencem a Classe do Répteis, ordem Squamata, subordem Ofhidia.

São animais que se arrastam pois não possuem pernas, calculando-se que são conhecidas cerca de 3.500 espécies de ofídios em todo o mundo. No Brasil há cerca de 386 espécies, sendo apenas 61 venenosas.

As cobras podem ser divididas grosso modo em venenosas e não venenosas. As venenosas também conhecidas como víboras são as que injetam veneno (peçonha) em suas presas mediante um par de dentes especializados e ocos que possuem (normalmente) na parte dianteira da boca. As cobras peçonhentas têm um orifício entre o olho e a narina, chamada fosseta loreal, que lhes possibilitam detectar variações térmicas do ambiente, permitindo que possam localizar suas presa ou perseguí-las após serem envenenadas com sua picada. Já, as cobras não venenosas são em maior número de espécies e não apresentam a peçonha.

Entre as cobras mais conhecidas estão as venenosas e perigosas Najas, Mambas negras da África, Corais, Jararacas e Cascavéis. Entre as constritoras estão as Pitons, as Sucurís e as Jibóias.

De todas as famílias de cobras que existem no mundo, não ocorrem no Brasil as famílias Viperinae, Hydrophiidae (cobras marinhas), Uropeltidae e Xenopeltidae (esta última com apenas uma espécie que vive na Ásia).

Já, entre as maiores cobras do mundo estão a piton-real-malaia (Python reticulatus) com até 10 metros e a sucuri (Eunectes murinus) que vive na América do Sul que pode atingir 9 metros, se bem que há relatos em que foram vistas espécies com mais de 10 metros, em ambos os casos.

No Brasil ocorre um caso de endemismo interessante, é o caso da jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), que ocorre exclusivamente na ilha de Queimada Grande, a 30 km da costa do litoral paulista. Seu veneno é fortíssimo e sua forma de capturar modificou-se, adaptando-se as árvores para poder predar aves, abundantes na ilha e praticamente uma  das poucas classes de animais existentes no local. por Antonio Silveira.

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Divisão e famílias que ocorrem no Brasil

Uma forma interessante é dividi-las em cobras em não venenosas e cobras venenosas

I – Cobras não venenosas

– FAMÍLIA ANILIIDAE (falsas-corais)

– FAMÍLIA ANOMALEPIDIDAE (cobras-cegas)

– FAMÍLIA BOIDAE (jibóias)

Boa constrictor  LINNAEUS, 1758

– FAMÍLIA COLUBRIDAE (falsas-corais, muçurana, cobras-d´água, cobras-cipó)

Spilotes pullatus (Lineu, 1758); Caninana  (foto abaixo)

Spilotes pullatus, caninana

 

 

 

 

 

 

– FAMÍLIA LEPTOTYPHLOPIDAE (cobras-cegas)

– FAMÍLIA TROPIDOPHEIDAE (uma espécie)

– FAMÍLIA TYPHLOPIDAE (cobras-cegas)

 II – Cobras venenosas (peçonhentas)

– FAMÍLIA ELAPIDAE (corais)

– FAMÍLIA VIPERIDAE (Vipers and Pit Vipers)  (jararacas)

Bothriopsis bilineata (Wied, 1825); Bico-de-papagaio, papagaia, jararaca-verde

Bothriopsis taeniata (Wagler, 1824); Jararaca estrela, jararaca-cinza

Bothrocophias hyoprora (Amaral, 1935); Jararacanariguda, jararaca-bicuda

Bothrocophias microphthalmus (Cope, 1876); Jararaquinha

Bothropoides alcatraz (Marques, Martins & Sazima, 2002); Jararaca-deAlcatraz

Bothropoides diporus (Cope, 1862); Jararaca pintada

Bothropoides erythromelas (Amaral, 1923); Jararaca da seca

Bothropoides insularis (Amaral, 1921); Jararaca-ilhõa

Bothropoides jararaca (Wied, 1824); Jararaca (foto abaixo)

Bothrops jararaca 3-MogidasCruzesSP-BR-7-2-15-ASilveira

Bothropoides lutzi (Miranda-Ribeiro, 1915); Jararaca-pintada

Bothropoides marmoratus (Silva & Rodrigues, 2008); Jararaca-pintada

Bothropoides mattogrossensis (Amaral, 1925); Jaraca-pintada, Boca-de-sapo

Bothropoides neuwiedi (Wagler, 1824); Jararaca-pintada

Bothropoides pauloensis (Amaral, 1925); Jararaca-pintada

Bothropoides pubescens (Cope, 1870); Jararaca-pintada

Bothrops atrox (Linnaeus, 1758); Jararaca, Surucucu

Bothrops brazili Hoge, 1954; Jararaca

Bothrops jararacussu Lacerda, 1884; Jararacussu

Bothrops leucurus Wagler, 1824; Jararaca

Bothrops marajoensis Hoge, 1966; Jararaca

Bothrops moojeni Hoge, 1966; Jararaca, Caissaca

Bothrops muriciensis  Ferrarezzi & Freire, 2001; Jararaca

Bothrops pirajai  Amaral, 1923; Jararaca

Rhinocerophis alternatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854); Urutu-cruzeiro

Rhinocerophis cotiara (Gomes, 1913); Cotiara

Rhinocerophis fonsecai (Hoge & Belluomini, 1959); Jararaca

Rhinocerophis itapetiningae (Boulenger, 1907); Jararaca

Crotalus durissus (Linnaeus, 1758); Cascavel

Lachesis muta (Linnaeus, 1766); Surucucu-bico-de-jaca; Bico-de-jaca

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Obs.: a lista das espécies está sendo elaborada.

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Referências Bibliográficas

– GRANTSAU, RolfAs cobras venenosas do Brasil. São Bernardo do Campo: Bandeirante, 1991.

– HADAD, C. F. B. & SAZIMA, I. 1992. Anfíbios anuros da Serra do Japi. História Natural da Serra do Japi: ecologia e preservação de uma área florestal no sudeste do Brasil. (L. P. C. Morellatto org.), Editora da Unicamp, Campinas.

ICMBio– Serpentes (http://www.icmbio.gov.br/ran/images/stories/publicacoes/monografias/SERPENTES_RESPONS%C3%81VEIS_POR_ENVENENAMENTOS_NO_BRASIL.pdf )

– MARQUES, ETEROVIC & SAZIMASerpentes da Mata Atlântica. Guia Ilustrado para a Serra do Mar. Holos: Ribeirão Preto, 2001.

– SANTOS, EuricoAnfíbios e Répteis. Zoologia Brasílica. Livraria Itatiaia Editora Limitada: Belo Horizonte, 1981.

– STORER, USINGER, STEBBINS, NYBAKKENZoologia Geral. São Paulo: Editora Nacional, 1995.

UETZ, Peter. (ed.), The Reptile Database. Disponível em: http://www.reptiledata-base.org. Acessado em: fevereiro 2015. http://www.reptile-database.org/

Websites:

http://www.butantan.gov.br/

The Reptile Database- http://www.reptile-database.org

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Algumas fotos do autor.

Cobra1-NCunhaPESM-BR-14-9-06-ASilveira  Cobra-cipó

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Antonio Silveira: última atualização: 08-2-2015.

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