MENDIGO DA CITY
Como cão vira-lata de bucho vazio
perambulo por las calles da city,
como faz um vadio.
Sem eira e nem beira
paro aqui e ali em becos cheirosos,
a procura de abrigo.
Apesar da fraqueza e meu corpo sofrido
a vida me segue insistindo comigo
sem dar trela a dor,
deste velho senhor.
Na esperança perdida
no mundo insensível da riqueza sem dó,
segue a vida.
E em meu triste destino
de homem sem nome,
espero meu fim.
—–
Antonio Silveira R. dos Santos
Programa Ambiental: A Última Arca de Noé
(17-10-2015)